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terça-feira, 7 de junho de 2011

A Chuva

Enquanto a cidade adormece
Silenciosamente mergulhando
Em um mar profundo de escuridão
Enquanto a noite aumenta
E sob seu véu de sombras fantasmagoricas
Os prédios parecem gigantes adormecidos
O céu começa a escurecer... lentamente
...
Trovões ecoam pelo céu
Parecidos com tambores
Anunciando guerras
A noite se estende
Aumentando a escuridão
A noite é palco e o show principal
Ainda não começou
...
Enquanto a cidade adormecida
Mergulhada entre a escuridão
E o som dos trovões
Parecidos com tambores
Relâmpagos riscam o céu
Trazendo momentaneos riscos de luz
Mostrando o céu tenebroso
Mostrando um céu
Totalmente envolvido pela escuridão
...
O céu está esperando anciosamente
Até que os tambores encontrem seu silencio
E os relampagos se retirem
O tempo passa lentamente
Naquela noite o tempo parece parado
O tempo parece estar a espera
E assiste pacientemente aquele espetaculo
Até que o céu não suportando mais
Abriu suas cortinas
E daquele céu cinzento em meio a noite escura
Gotas serenas caem em sincronia
Bailando e flutuando pelo céu
Caindo lentamente... lentamente
...
Noite escura que envolve
Aquela cidade adormecida
E em meio a um caos crescente
O céu não suportando
Libera toda sua ira
Drenando e lavando a sujeira
Que impreguina aquela escuridão sem fim
A chuva cai forte e ousada
Lavando ruas e prédios
Rompendo as cortinas e tetos desabados
Deixando toda sujeira escorrer
Através dos ralos e esgotos
...
Finalmente o silencio aos poucos vai vencendo
E a chuva aos poucos sua força perdendo
E a noite reina escura e limpa
Enquanto o céu perde seu tom cinzento
Pouco antes... do dia clarear.

Autor: Felipe Lopes

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