Pesquisar este blog

sábado, 25 de junho de 2011

Como a brisa da noite

Como a brisa da noite

Noite delirante dos desejos mais profundos
Enquanto tu deita teu corpo em tua cama
Eu sou como o sopro da brisa da noite
Que envolve o teu corpo nesta paixão
Deixando meu cheiro em tua pele
Ouvindo teu suspiro silencioso
Se escondendo no barulho da noite sem fim
Mas teu sabor deixa marcas
Nos delirios dos meus sonhos
Em que meu corpo encontra teu corpo
E posso sentir o sabor dos teus labios
Permanecendo sempre em minha boca
Dentro da noite delirante que se estende
Eu conheço o toque de suas mãos
E conheço o cheiro do seu perfume
Que fica impregnado em minhas roupas
Eu conheço o som da sua voz me chamando
Como em um sonho do qual não quero acordar
Me levando cada vez mais profundamente
E me deixo levar loucamente
Para alem desta paixão
Dentro desta noite de imensidão
...
Noite delirante que encanta o meu sonho
Te ter em meus braços... provando teu sabor
Nesta delirante paixão que me envolve
Me leva através do vento
Em forma de brisa da noite
Eu toco o seu corpo e posso sentir teu calor
Posso sentir o teu cheiro
E ouvir tua respiração aumentar
Equanto minhas mãos apertam teu corpo
Que vem de encontro ao meu
Sinto seus braços a me envolver
Em um abraço apertado
Sinto o toque de suas mãos
Suas mãos tão frias tocarem o meu corpo quente
Esta noite de sonho delirante
Em forma de brisa da noite sem fim
Eu fui capaz de te encontrar
Deitada em sua cama... a minha espera
E em meio ao silencio da noite
E os teus suspiros... eu ouvi teu sussurro
Dizendo meu nome... querendo meu corpo
Em meu abraço
Tu encostraste calor
E em meu corpo
Tu encontraste repouso
Enquanto la fora
O vento continuava com sua canção
Dentro desta noite de imensidão
...
Neste sonho o qual não quero acordar
Senti seu corpo no meu abraço se entregar
Quando enfim nos deitamos sem esperar
E num sussurro tu silenciou a canção
E adormeceu no calor desta paixão
Quando acordaste eu havia desaparecido
Como o sopro da brisa da noite
Mas em tua pele...
Tu podias sentir o meu cheiro
Tu podias sentir a força de tua respiração
E estava totalmente envolvida nesta paixão.

Autor: Felipe Lopes

O Som do silêncio

Sentado no escuro de minha alma
Escutando as linhas do meu pensamento
Negando olhar pro meu sentimento
É assim que eu me sinto neste palco
Nesta noite que dói meu coração
Eu estou completamente envolto em escuridão
Então converso com minha alma
Ouvindo o som de minha respiração
Imaginando como fui parar nesta esquina
Onde minha vida é apenas
Uma peça barata de um teatro falido
E eu apenas um homem jogado na sarjeta
Remoendo migalhas de sentimentos sem sentido
Apenas ouvindo as batidas do meu coração
E tentando entender o porque
Depois de todo este incêndio
Posso apenas ouvir o som do silêcio
...
Enquanto a noite se estende la fora
Ouço o som dos carros passando
Em sua pressa momentanea
Sem ouvir o barulho e intensidade
Em que suas vidas fluem e passam
Tão despercebidas e perdidas
Como se ja tivessem sido esquecidas
Noite de lua sem brilho
Eu vejo o céu limpo e tento me lembrar
De quando meus olhos ainda
Não haviam desistido
De tentar encontrar mais uma vez
O seu brilho perdido
Mesmo depois deste incendio
Sobrevive apenas o som do silêncio
...
A noite escura se estende
Enquanto eu conto as horas sem dormir
Pois percebo que não chegarei a tempo
De deitar e ver meus sentimentos
Sendo todos drenados sem razão
Para alem da escuridão
Enquanto sinto o cheiro da sujeira nas ruas
Percebo que o cenário continua sempre igual
Mas as esquinas onde haviam pessoas
Hoje não há nada alem de solidão
...
Nas esquinas e nas ruas
Dentro dos caminhos de um coração
Não há explicação
Para trazer de volta o pensamento
Quando um coração perde sua razão
Não há como voltar atrás no lamento
Quando um coração perde sua emoção
Não há como evitar perder o sentimento
Dentro das esquinas no meio deste caminho
Houve um grande incêndio
Dentro de toda sua alma
Perdida e sozinha
Não houve escolha e nem como evitar
Não há mais nada alem do som do silêncio.

Autor: Felipe Lopes

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Noite de imortais

Escuridão que abala esta Terra
Que chega sombria e lentamente
Vem festejar nossa sina
Vem cortejar nossa menina
Que dos olhares mais frios
Envolvem os amores mais sombrios
Até que a noite esteja plena
E o sabor dessa musica
Esteja contemplando
O gosto frio... deste veneno mortal
Feito do sangue deste imortal
...
Oh noite de lua... completa com teu luar
A minha sina de olhar
Por entre os barcos a navegar
Através do sussurro do mar
Mas não deixe tua estrela falhar
Não deixa o teu brilho minguar
Que tua força seja suficiente
Para nesta escuridão... me guiar
Para longe deste rumo traiçoeiro
Para longe do vidro de minha alma
Se quebrar
...
Mas hoje é noite de luar
Noite de provar em teus labios
O sabor de tua essencia
E com toda tua transparencia
Me deliciar em teu veneno mortal
Mas não se engane amada minha
Esta é uma perfeita noite
Noite de imortais
Noite memorável
Em teu destino notável
Então me abrace bem forte
E não se lembre de mais nada
Me beije novamente e loucamente
Me sinta intensamente
Me devore silenciosamente
Até que tua alma seja minha
Plena e completamente
...
Hoje é noite de lua brilhante
Que realça tua alma dançante
Que vaga pelas esquinas
E voa por entre as cortinas
Dos teatros que sucumbiram
E dos shows que ja terminaram
Hoje é noite dos venenos mortais
Noite de desejos ancestrais
Hoje é noite de olhar cintilante
E noite de canção apaixonante
Hoje a sina dos que levam seu fardo
Está inscrita por entre as colunas destes portais
Pois hoje é noite
Noite de imortais.

Autor: Felipe Lopes

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O Intenso e o Profundo

Eu sou um velho lobo viajante
Sou aquele que percorre caminhos
Dentro da imensidão da noite
Encontrando almas
Cantando canções
Ouvindo o mundo
Observando as passagens
Sou um velho lobo caminhante
Aquele que está entre dias de sol
E sob o manto da noite
E nas eras que o mundo passou
Observando... sempre buscou
Aquilo que não fosse apenas lamento
E que um dia realmente fosse sentimento
Dentro da imensidão
Das eras que o mundo percorre
...
Em um ponto deste longo caminho
Um sentimento encontrei
Grandioso, mas estava só
Era um sentimento forte... profundo
Intensidade era seu nome
A forma como se pronunciava
Era como se estivesse anunciando
A chegada do sol ou da lua
E então eu senti esse sentimento
Fazer parte de mim
E entendi naquele momento
O que representava
Ser intenso e profundo
...
Um sentimento que queima no coração
Não pode ser descrito em canção
E vai alem de uma paixão
Muitas vezes causa medo
Até mesmo vontade de solidão
Outras vezes traz alegria sem explicação
É um sentimento que vai alem do sonho
Pode ser confundido com ilusão
Até mesmo ser dito que perdeste a razão
Mas intensidade também traz saudade
É sentimento alem do lamento
Nem todas as vezes
Pode ser simplesmente controlado
E outras vezes pode ser danificado
Com o passar do tempo
Até mesmo... pode ser silenciado
...
Ao intenso lhe é oferecido transparencia
Mesmo as vezes que tenta se esconder
Em sua propria consciência
Ao intenso lhe é permitido sentir
Alem de todo sentimento
Lhe é permitido viver sob o manto da noite
...
Na estrada que percorri
Eu percebi que muitas vezes eu tropeçaria
E que essa mesma intensidade
Atrairia muitas flores para o meu jardim
Como também as afastaria
Quando o frio lhes atingisse a alma
Na estrada que escolhi
Carregando o intenso e o profundo
Nesta bela noite de luar
Com todo meu sentimento
Sem me tornar um lamento
Com toda minha alma eu escolhi cantar
No momento do meu uivar.

Autor: Felipe Lopes

Noite silenciosa

Enquanto a noite cai
E a lua traz sua luz clara
Hoje não é noite de anjos no céu
Nem mesmo noite
De lobo à uivar
Ao sabor da luz do luar
Hoje a noite é calma e harmoniosa
Hoje é noite silenciosa
...
Enquanto os pensamentos flutuam
Meus olhos calmamente se fecham
Ouvindo o som de minha respiração
Enquanto no radio, mudo a estação
Para que meu pensamento
Não se torne um turbilhão
Encomodando esta noite tão harmoniosa
Pois hoje a noite é silenciosa
...
Enquanto a noite cai
Vagarosamente meus pensamentos silenciam
Junto com a melodia do rádio
Eu abro meus olhos
E fito apenas o escuro... em silencio
Ouvindo apenas o som
De minha propria respiração
Enquanto do lado de fora
A noite continua bela e sombria
Apenas sendo iluminada
Pela luz do luar
Mas hoje não é noite de anjo a cantar
Nem lobo a uivar
Hoje a noite é harmoniosa
Hoje a noite é silenciosa.

Autor: Felipe Lopes

terça-feira, 7 de junho de 2011

A Chuva

Enquanto a cidade adormece
Silenciosamente mergulhando
Em um mar profundo de escuridão
Enquanto a noite aumenta
E sob seu véu de sombras fantasmagoricas
Os prédios parecem gigantes adormecidos
O céu começa a escurecer... lentamente
...
Trovões ecoam pelo céu
Parecidos com tambores
Anunciando guerras
A noite se estende
Aumentando a escuridão
A noite é palco e o show principal
Ainda não começou
...
Enquanto a cidade adormecida
Mergulhada entre a escuridão
E o som dos trovões
Parecidos com tambores
Relâmpagos riscam o céu
Trazendo momentaneos riscos de luz
Mostrando o céu tenebroso
Mostrando um céu
Totalmente envolvido pela escuridão
...
O céu está esperando anciosamente
Até que os tambores encontrem seu silencio
E os relampagos se retirem
O tempo passa lentamente
Naquela noite o tempo parece parado
O tempo parece estar a espera
E assiste pacientemente aquele espetaculo
Até que o céu não suportando mais
Abriu suas cortinas
E daquele céu cinzento em meio a noite escura
Gotas serenas caem em sincronia
Bailando e flutuando pelo céu
Caindo lentamente... lentamente
...
Noite escura que envolve
Aquela cidade adormecida
E em meio a um caos crescente
O céu não suportando
Libera toda sua ira
Drenando e lavando a sujeira
Que impreguina aquela escuridão sem fim
A chuva cai forte e ousada
Lavando ruas e prédios
Rompendo as cortinas e tetos desabados
Deixando toda sujeira escorrer
Através dos ralos e esgotos
...
Finalmente o silencio aos poucos vai vencendo
E a chuva aos poucos sua força perdendo
E a noite reina escura e limpa
Enquanto o céu perde seu tom cinzento
Pouco antes... do dia clarear.

Autor: Felipe Lopes

sábado, 4 de junho de 2011

A tua essência

Eu sou lobo viajante
Sou homem caminhante
Caminho entre o desejo e o delirio
Caminho na força da alma
Caminho entre pontes sem fim
E em um sonho do longinquo infinito
Eu encontrei teus olhos
E dentro do brilho de teu olhar
Eu senti meu coração cantar
E nas linhas dos teus labios
Eu percorri meus beijos
Até que estava totalmente
Impregnado em você
...
Eu sou lobo caminhante
Que um dia percorreu os destinos
Através das eras
Que um dia decidiu percorrer este vasto caminho
Através da brisa do vento
Até chegar ao teu coração
Em forma de canção
Te envolvi em minha paixão
Em forma de emoção
Te fiz perder a razão
Sem forma e nem explicação
Te fiz perder a respiração
Mas com a minha transparência
Eu fui bem fundo
Dentro da sua essência
...
Linda menina caminhando
Perdida em pensamentos... gritando
Em sua essencia havia noite de escuridão
Havia dias de frio
E noites cinzentas
Um dia encontrou aquele que lhe pertencia
Que entre viagens
E caminhos perdidos
Entre destinos opostos
E correntes partidas
Um dia... em seus braços encontrou
O seu motivo, e em seu calor ficou
E entre os caminhos e as eras passando
Seus labios se encontraram
Suas canções se juntaram
E seus corações se uniram
E finalmente seus olhos se fecharam
Dentro da intensidade
Na força que os uniram em transparência
Impregnar e permanecer... em sua essência.

Autor: Felipe Lopes