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quinta-feira, 17 de maio de 2018

Caminhos

Pelas viagens que fiz
Me encontrei seguindo
Por diversas estradas
Seguindo por vezes
Sem rumo... sem direção
Seguindo sozinho
Iluminado pela lua
E sua imensidão
...
Em certas estradas
Haviam pontes quebradas
Ou mesmo trilhas
Que não davam em lugar nenhum
Seguindo em frente
Seguindo sozinho
Sem direção
Por caminhos sem emoção
Outros caminhos
De trilhas
Na escuridão
Onde a lua estava oculta
Lembrando um imenso
Apagão
...
Em muitas estradas
Existem caminhos
Que se fecharam
Como uma cortina se fecha
No ultimo dia de um espetáculo
Ou como quando
As luzes se apagam
A lua se retira
Sem solidão
Sem apagão
Apenas deixando a escuridão
Dentro de tal
Imensidão.

Autor: Felipe Lopes

terça-feira, 15 de maio de 2018

Uma manhã cinzenta

Uma manhã cinzenta
Para um olhar que também
Está cinzento
O frio que percorre
Gelando lentamente
Nem parecem as lembranças
Que outrora
Aqueceram lentamente
A alma dos que passam
...
Uma manhã triste
Para aqueles que suspiram
Inquietos dentro de suas vidas
Para aqueles que lamentam
Para aqueles que se perdem
Em incontáveis salões
Dentro de seus gelados...
Corações
...
Um olhar distante
Se perdendo entre
Tantos outros olhares
Será perdido 
Pela face de um sonhador?
Ou apenas tentando fugir
Das faces lhe fitando
Através de toda a dor?
...
Um olhar distante e cinza
Tentando esconder sua tristeza
Em uma manhã
Uma manhã cinzenta.

Autor: Felipe Lopes

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Canção que fiz para ti

A serenidade no olhar
Pouco a pouco a luz do sol
Começa iluminar
Sentindo lentamente 
A alma mais uma vez
Brilhar
...
Esse canto eu fiz para ti
Com tudo de mim
Com... o meu coração
Formando nos versos
Linhas de gratidão
E uma flor eu lhe oferto
Com amor
...
Esse canto eu fiz para ti
Nesta vida que nada levamos
Apenas os suspiros
E os encantos
Que guardamos para sempre
Como o nosso precioso
Tesouro
...
Esse canto que inspira na vida
Trazendo aprendizado
Muita saudade
E também processos de maturidade
São tempos de metamorfose
São tempos que florescimento
E tempos como esses trazem mudança
Em tempos como esses
Eu trago comigo uma flor
...
Gratidão inunda meu coração
Por caminhos desconhecidos
Até então
E quem sabe caminhos desconhecidos
Tragam uma razão
Que esteja oculta
Dentro do meu coração
...
Esse canto eu finalizo
Canto que fiz para ti
E lhe entrego formosa flor
Que simboliza meu amor
Pois sei que não estás perdida
Por isso lhe saúdo
Óh minha vida!

Autor: Felipe Lopes

Tão raso... Em suas profundezas

Entoa este canto com muita emoção
Voz interna do seu coração
Mas então quem é que pode medir
A sua intensidade
Talvez até mesmo a tua saudade
Quem é que pode impedir
Que esse canto atravesse
Até mesmo a sua imensidão?
...
Entoa uma canção
Grito de dentro de um coração
Que ecoa em todos os sentidos
Quem é que pode desprezar
Quem é que pode anular
A voz interna que insiste
Em se manifestar?
Quem é que pode diminuir
Toda intensidade
Que não se deixa mentir
Vai muito alem do que se possa
Permitir
...
Será tão raso um sentimento
Dentro de sua própria profundeza?
Será que não há tanta clareza?
São sentimentos e leveza
Ou são pura tristeza
Até mesmo certeza
De que tudo vem da própria natureza
Tudo tão raso
Dentro de sua profundeza
...
Entoa uma forte canção
De dentro das profundezas
De um coração
É forte e é firme com toda emoção
Carrega em seu canto
Todo intenso sentimento
Não em forma de lamento
Nem em forma de sofrimento
Mas sim como firmamento
E quem pode dizer
Sobre sua profundidade?
Somente quem conhece
Sua intensidade...

Autor: Felipe Lopes

quinta-feira, 10 de maio de 2018

No teu silêncio

É nesse profundo mar
Dentro desse horizonte
Algo de diferente paira no ar
Como sentir o corpo relaxar
Sentir a alma repousar
E se transportar
Para um novo lugar
...
Como ouvir uma canção
Sentí-la bem la no fundo do coração
Sem cantar, apenas ouvir
De olhos fechados, apenas sentir
Sentindo sem notar
Os segundos que passam
Apenas sentir e se transportar
Para dentro... de um novo lugar
...
Fechando-se dentro de si
E percorrendo os seus caminhos
Apenas sentindo a paisagem
Bem no fundo de si mesmo
Ouvindo canções da alma
O barulho do vento
O som das ondas
Desse profundo mar
A te transportar
Em teu próprio lugar
...
Cessando o barulho
Que ecoa pelos salões de sua alma
Restando apenas os teus passos
Dentro do teu silêncio
Pronto a encontrar
Pronto a encontrar...

Autor: Felipe Lopes

A sua verdade

Qual é a sua verdade?
Aquela que te pesa na alma
Aquela que traz paz ao seu coração?
Será aquela que vem como explosão?
Te remete ao passado distante
E ao mesmo tempo
Ao presente que já não leva
A lugar algum...
Te leva para o alto
Até que o sol lhe cegue
Ou te enterra embaixo
Dos teus próprios pensamentos?
...
Qual é a sua verdade?
Será que de fato, a sua verdade
É verdadeira?
Ou será uma máscara esculpida
Projetada para segurar as lágrimas
Quando as nuvens nublam o céu
E o sol e a lua se escondem
Em sua penumbra e escuridão?
Será que de fato, é uma verdade
Tão verdadeira que pulsa
Com tamanha emoção
Por dentro de todos os caminhos
Do seu coração?
...
Qual é a sua verdade?
Talvez seja aquela
Que cada um carrega consigo
Com tudo de si
Mesmo que não concordem
Mesmo na tristeza, na leveza
Nos erros, no silêncio
Sempre há um caminho, onde tem paz
É a verdade.

Autor: Felipe Lopes

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A Ponte

Este é um conto de amor
E um conto de dor
Sobre como as pessoas
Aumentam as suas distancias
E provocam os seus rompimentos
Nesta estranha ponte
Que permanece firme
Mesmo com o passar de tantos anos
...
Onde os sonhos foram parar?
Quando as promessas foram lançadas
Onde os laços eram tão fortes?
Quando as mãos se entrelaçaram
Tão firmemente
O mundo mudou
Enquanto esta flor murchou
E o elo desta forte corrente
Soltou-se
No mesmo momento
Em que o eterno amor acabou
...
Mesmo no mais forte de todos os corações
E na mais intensa de todas as almas
Sempre existe uma ponte
Que separa todos os caminhos
Todas as suas próprias correntezas
De todas as suas incertezas
E para aqueles que se deixam
Que se esquecem
A ponte em seus corações
Sempre permanece mais firme
Enquanto os sentimentos se enfraquecem
A ponte da distancia não fortalece
E todos os sentimentos se esquecem
Do quanto eram fortes e importantes
Dentro dos caminhos da própria alma
...
A ponte das esperanças
A ponte de todos os amores
A ponte de todos os ardores
A ponte de todas as feridas
A ponte de todas as lembranças
Cada sentimento é um alicerce
Cada sentimento que a alma desejar
Despejar dentro de si como um mar
Refletirá no quanto a ponte
Irá ser fortalecida
E no final
A ponte dos sentimentos
Será a ponte dos lamentos
Entre os vitoriosos
E os valorosos
Que souberem no final do caminho
Fortalecer suas almas
Com aquilo que os torna tão belos
Com aquilo que os torna imortais
Este é o conto da ponde dos caminhos
Que envelhece com o tempo
E marca os caminhos da alma
E julga o que os passantes levam consigo
Seja dentro da escuridão da noite
Ou embaixo dos raios dourados do sol
A ponte dos sentimentos
É a ponte dos julgamentos
Que uma alma pode carregar

Mesmo que seja banhada por um brilho estelar.

Autor: Felipe Lopes