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terça-feira, 5 de março de 2013

Vento de Saudade... de saudade que não vai embora


Enquanto a musica se abre lentamente
E a melodia adentra todos os salões
Todos os salões dentro do meu coração
Como um vento que se espalha sem explicação
Como um véu que cobre com exatidão
As paredes pintadas no meu coração
Eu sinto o vento frio invadir
Mas não sei por qual razão
Mas é como perder um a um
Todos os sentidos... na escuridão
...
Enquanto sinto os meus pensamentos
Sei que aos poucos se despedaçam também
Todos os meus sentimentos
Pois tu... ó vento tenebroso
Me traz aos poucos todos os lamentos
E mais uma vez me perco
Por dentro da minha mente
Será que haverão ressentimentos?
Me faço apenas esta pergunta
Dentro dos salões do meu coração
Agora ja mergulhado
Dentro da escuridão
...
Tu é vento da morte?
Lhe pergunto em um sussurro...
Não senhor... me responde o vento
Eu sou vento de saudade
De saudade que não vai embora
Eu sou vento de saudade
Que entra por entre sua verdade
E permanece em sua sinceridade
Eu sou vento de verdade
E pertenço à sua saudade
Ó senhor...
Me responde o vento...
Dentro do salão...
Onde toca a musica... do meu coração
...
Uma saudade tão forte
Como a noite que vai adentrando
Por entre as paisagens... 
Por dentro da escuridão
Uma saudade que preenche o meu pensamento
Que fere meu sentimento
Uma saudade... como um vento que a tudo corta
Que por final parte o meu coração
E enquanto o sangue escorre
A musica vai chegando ao fim
Deixando apenas o silencio e o frio
Por dentro dos grandes salões
Do meu coração.

Autor: Felipe Lopes

Palco devastado


Nas esquinas eles anunciaram
Que aconteceria grande espetáculo
Cheio de cores e música
Que duraria através do calor da noite
Eu sei... um verdadeiro espetáculo
Através das cores do palco
Através da noite iluminada
Pelas estrelas daquele céu
Pela noite... sem aquele véu
...
Nas esquinas eles machucavam
Com suas piadas falidas
Mais pareciam contos 
Das esperanças iludidas
Ditas ao vento... durante aqueles dias
Dias de tantas idas
Tempos em que as noites
Anunciavam as despedidas...
As despedidas...
...
Nas esquinas eles iludiram
Te prometiam ser tão querido
Mas ao final do espetáculo
Tua fama era um coração partido
Sumindo e apagando
Por entre as vielas sujas
Das ruas daquele teatro
...
E no meio de tanta sujeira
O show devia continuar
Diziam todos eles
Mesmo quando as cortinas fechavam
Os artistas estavam derrotados
Caindo na escuridão
Do próprio coração
Caindo na peridção
Daquele show derrotado
Daquele palco devastado.

Autor: Felipe Lopes