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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O lobo e a lua

Fecha teus olhos... Oh lobo!
Encontra teu caminho
Com este semblante sério
E tu encontrará repouso
Nesta lua de mistério
...
Enquanto lentamente tu se entrega
Abre devagar esse coração
Ouça mais uma vez a canção
E se entrega nesta paixão
Pois tu será banhado na luz pura
E encontrará nessa estrada
A tua amada lua
...
Oh! lobo imortal
Que cruza este portal
E encontra tua morada
Uiva em direção ao céu
Em sinal da tua canção
Com toda tua emoção
Com toda tua emoção
...
O teu caminho é repleto de saudade
E esta é a verdade
Não esconda nada por vaidade
Pois naquele céu se encontra
A tua felicidade
Pois la no céu... onde vem a luz pura
Se faz morada de tua amada
A lua
...
Oh! lobo que percorre este caminho
Em uma noite de escuridão
Encontrou vida no coração
Quando desapareceu sua dor
Ele encontrou o amor
Uivando em forma de canção
Se entregou nesta paixão
E sem vaidade
Não negou sua saudade
E corteja em direção à luz pura
Na direção de sua amada
A lua.


Autor: Felipe Lopes

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Minha vida

Como o sopro do vento
E a contagem do tempo
Eu vejo os carros passando
E continuo sempre imaginando
O quanto de tempo é perdido
Em meio um caos despercebido
E todos os tesouros
São esquecidos
...
Percorro minha vida através do pensamento
Sinto a linha fina do meu sentimento
Percebo que já não pode haver lamento
Enquanto os vestígios sinceros
Desaparecem junto com os mistérios
E desmoronam junto dos castelos
Das promessas que já foram
Todas quebradas
...
Fecho meus olhos lentamente
E ouço esta canção atentamente
Sei que os gritos são de minha alma
Tentando se libertar sem voracidade
Mas percebo o passado traz saudade
De pessoas de verdade
Antes de colocarem suas mascaras
Denominando sua falsidade
Até mesmo por vaidade
Mas na minha vida eu dispenso
Esse jeito sem liberdade
De pessoas que insistem
Em marcar seus caminhos
Sem autenticidade
...
Como o sopro do vento
Eu finalizo o canto o tempo
Sobre as pessoas tão apressadas
Que aos poucos se perdem
Em minha vida
Perdem seu tesouro precioso
Dentro de sua alma esquecida.

Autor: Felipe Lopes

Teu guardião

A noite cai lentamente
A lua insiste em brilhar
Mesmo entre nuvens
Que insistem em escondê-la
Como se estivessem 
Renunciando o seu brilho
E apenas naquela noite
Recusando o seu encanto
...
Hoje é noite sem brisa do vento
Onde a escuridão anuncia o tempo
E o brilho da lua é renunciado
E nessa noite sem leveza
Percebi na sua inquietude
Transbordando como em correnteza
Eu senti tua tristeza
...
Noite que passa sem vaidade
Desnuda a sombra da maldade
Tentando fugir da caridade
Dos olhos que te vêem com falsidade
Tu percebes então
Que está sozinha em meio da escuridão
...
Da tua história de vida
Sempre contando as páginas
Tu podes sentir
Ao escorrer tuas lágrimas
Que já não tem sentido a grandeza
Pois nada é maior que tua tristeza
Nesta noite sem brisa
É uma noite sem clareza
...
E mesmo nessa noite de escuridão
Mesmo em meio da correnteza
Que faz aumentar sua tristeza
Mesmo que corram as páginas
Enquanto derramam suas lágrimas
E que aumente o peso do teu coração
Sentindo o vazio da solidão
Tu nunca estará sozinha
E mesmo no pouco que possa fazer
Sempre serei... teu guardião


Autor: Felipe Lopes

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Perdão

Eu venho aqui
No calor destas estradas
No som do silencio... sem risadas
Perdido em pensamentos
Tentando encontrar teu recanto
E em tua mão
Buscar teu perdão
...
Eu sou lobo imortal
Que um dia cruzou o portal
Da tua vida com moral
Mas hoje apenas sento ao teu lado
Observando o silencio do tempo
Sendo tocado pela brisa do vento
Mas tu não podes me ver
Por hoje tu estás muito longe
E é verdade
Pois hoje tu me fez sentir saudade
...
E então eu lhe digo
Eu gosto de ti
E tu é meu tesouro precioso
Mas é verdade
Que tu me fez sentir saudade
E eu sei que não tomei cuidado
E agora sou culpado
De não ter lhe entregado uma flor
Ao invés disso te fiz sentir dor
...
Agora eu estou sentado
Apenas podendo ver
Que na minha alma se fez chover
Enquanto tento encontrar teu recanto
E poder buscar tua mão
E merecer o teu perdão.


Autor: Felipe Lopes

Ferida no coração

Como uma tempestade
É esta a intensidade da saudade
E como um furação
É avassaladora a dor do meu coração
Percebo que chegam tempos de escuridão
Que se perderão
Ao som do grito desta canção
...
Enquanto as lágrimas escorrem
Como rios de tristeza
E sentimentos em correnteza
São levados sem a nobreza
São tão pesados e sem grandeza
Eu sinto que perco meus sentidos
E antes que meus olhos se fechem
Percebo que estou caindo no chão
Afundando no caminho sem direção
Apenas onde aumenta a escuridão
Dentro do meu coração
...
Eu ouço o som de minha respiração
Batendo junto aos tambores 
Ecoando nas paredes da minha alma
Gritando os lamentos da minha solidão
Chorando o sentimento de perdição
Que envolve o meu coração
Como um anjo que perde as asas
Como um anjo sozinho
Que lamenta na escuridão
...
Como uma tempestade
Eu ouço o grito com toda emoção
Tentando suportar a dor sem explicação
Ouvindo o som desta canção
Que anuncia tempos de solidão
E novamente pode abrir e fazer sangrar
A grande ferida no meu coração.


Autor: Felipe Lopes


Lembranças

Quando eu fecho os meus olhos
Eu vejo todas as minhas lembranças
De um passado que sempre insiste
Em se tornar passado
Em se tornar tempo levado
Em se tornar tempo
Levado pelo vento
...
Em muitas lembranças
Enquanto meus olhos estão fechados
Eu sinto uma saudade imensa
Sinto saudade do cheiro da sua pele
Sinto saudade das lágrimas que escorrem
Sinto saudade da falta que você me faz
Em muitas lembranças
Sinto saudade do seu rosto sorrindo
Enquanto meus olhos estão fechados
Eu não posso ser abalado
Pelo tempo que me foi levado
...
Quando eu fecho meus olhos
Vejo os dias que já se foram
Perdido em pensamentos e lembranças
Lembranças do tempo que não volta
Lembrança do calor do seu abraço
E do som de sua voz doce
Lembrança do tempo que se perde
No meio de tantas lembranças
Que não podem mais voltar
...
Ao abrir os meus olhos
Percebo que lágrimas insistem em cair
E vejo que meu coração 
Não posso abrir
Como também não consigo fingir
O tamanho da dor que estou a sentir
E então percebo
Enquanto os meus olhos estão abertos
Eu sinto tanta sua falta
E de todo tempo que me foi levado
Pelo tempo que agora é passado.


Autor: Felipe Lopes